sábado, 27 de dezembro de 2008

CAPÍTULO OITO





Depois de uma noite sem dormir, Katy não conseguia ficar de pé, já eram onze horas e quinze minutos da manhã e ainda não tinha se levantado da cama. Ela havia chorado a noite inteira e resolveu não ir trabalhar para não se encontrar com Paul.
Quando olhou no relógio até se assustou com as horas...Finalmente tomara coragem e levantou-se para tomar uma chuveirada fria.
Mas nada conseguia fazer com que Katy parasse de pensar em Paul, nem mesmo a água que caía sobre seu corpo, fazendo carícias que ela confundia com as de Paul, não a deixando em paz...
Katy aproveitou que iria passar o resto do dia em seu apartamento para fazer uma limpeza, depois iria estudar a planta do esconderijo de Lady Pat e comprar alguns mantimentos.
Ficou quinze minutos tomando banho, quando desligou o chuveiro, Katy escutou o barulho do telefone.
Colocou o roupão cor de vinho e rapidamente foi atender, pensando que era Paul, jogou-se no sofá e tirou o fone do gancho:
- Alô, Paul, é você? – perguntou katy, ansiosa.
- Aqui não é o Paul, aqui é o Agente Carl, Katy – falou, aborrecido.
- O que você quer Carl?! – perguntou chateada.
- Por que você não veio trabalhar, Katy? Eu estou aqui, com um senhor que se diz ser o tal do agente William, mas acho que mandaram o homem errado, porque esse aqui tem a minha idade mais ou menos.
- Não se preocupe Carl. Ele é o verdadeiro Paul William, é que o inspetor Lucas nos enganou quando disse que o agente William tinha cinqüenta anos de idade, só isso – flalou Katy, escutando a voz do agente Paul bem baixinho.
- Tudo bem então Katy. Agora eu e o agente William vamos espionar um pouco o movimento das pessoas lá na loja de produtos sul-americanos, tchau! – despediu-se.
- Até sábado, Carl. Ah! Avise para o meu pai que eu não irei trabalhar hoje, está bem? – pediu katy, antes que o agente Carl desligasse o telefone.
- Está certo Katy. Vou tentar...- desligou Carl, rindo.
No momento que Carl desligou, Katy sentiu que ele estava muito nervoso, mesmo assim esqueceu esse detalhe, dando de ombros. Dirigiu-se à cozinha para ver o que estava faltando e ir às compras...
Quando abriu o armário, ela até se assustou, não tinha absolutamente coisa alguma para fazer no jantar; ao abrir a geladeira, o susto foi menor, mas mesmo assim, Katy decidiu ir fazer compras e deixar a limpeza para mais tarde.
Voltou para seu quarto vestiu um roupa confortável e foi comprar o que precisava. Só quando Katy chegou no saguão do prédio se lembrou que sua moto estava no hotel onde Paul estava hospedado.
É...realmente não conseguia tirá-lo da mente! Agora ela tinha certeza que amava Paul com todas as suas forças. Mesmo assim, não iria vê-lo tão cedo. Katy resolveu então, ir andando ao supermercado mais próximo.
Caminhando na calçada, Katy mentalmente perguntava se Paul também a amava, ou ele tinha herdado também a sem-vergonhice do pai e só estava interessado em se divertir, por isso que na noite anterior ela fugiu sem dar nenhuma explicação, deixando-o mal humorado.
Katy chegou no supermercado em dez minutos, se ela estivesse de moto não demoraria mais que três minutinhos, naquele horário as ruas estavam completamente cheias de pessoas indo para a praia.
Quando entrou, Katy quis voltar para trás, o supermercado estava fervendo de gente. Mesmo assim, ela respirou fundo, pegou o carrinho e foi comprar o que precisava.
Nesse mesmo instante, no escritório da Agência Central, Paul discutia com o agente Carl sobre a quadrilha de Lady Pat:
- Olhe aqui, agente William, eu tenho certeza que há mais de dez bandidos naquela porcaria de loja – falava Carl, inquieto.
- Como você tem tanta certeza, agente Carl? – perguntou Paul, irônico.
- É simples, eu e o meu parceiro, o agente Peter, estamos investigando um grupo de japoneses contrabandistas que levam pó daqui até o Japão com a ajuda da quadrilha da Lady Pat. – falou Carl, mostrando as fotos dos mafiosos.
Paul levou um susto quando viu a foto do homem que tentou matá-lo:
- Esse imbecil também faz parte do bando dos japoneses? – perguntou Paul, observando a foto.
- Sim, o apelido dele é Samuray, mas é mais conhecido como....
- Sam! É isso?! – interrompeu Paul.
- Isso mesmo. Como você sabia? – a expressão de Carl era de indignação por Paul saber das coisas.
- Eu já tive o “desprazer” de conhecê-lo – falava Paul, sorrindo.
Como o agente Carl estava confuso, Paul foi explicar:
É que foi esse cara que tentou me matar no dia em que eu cheguei de viagem, ele conseguiu fugir mergulhando na piscina do hotel, você acredita? – Paul ainda não conseguia engolir essa fuga.
- Ele é um ótimo lutador, agente William; japonês, sabe como é...artes marciais, armas brancas, são verdadeiros assassinos – comentou Carl.
- Vamos parar de falar nesse idiota, temos mais coisas pra fazer – falou Paul, terminando a conversa sobre o japonês saltador. – É hora de irmos até a loja, certo?!
- Então, vamos embora!
Enquanto Paul e Carl se dirigiam para o carro, Katy saia do supermercado carregando vários pacotes.
Muito cansada, Katy não esperava a hora de chegar em seu apartamento. Ainda dentro do ônibus, Katy tinha dificuldades ao carregar seus pacotes, mesmo assim, ela conseguiu ver os agentes Carl e Paul dentro de um carro negro no momento em que o sinal fechou.
Tentou chamá-los, mas foi impossível. Quando abriu a janela do ônibus, os pacotes bambearam e caíram em cima de alguns surfistas, Katy pegou os pacotes que estavam sendo entregues educadamente pelos garotos tatuados.
Voltou a olhar pela janela do ônibus depois que tinha arrumado os pacotes num banco vazio, mas não conseguiu avistá-los mais. O sinal já estava verde e os agentes já haviam sumido.
Katy achou até melhor Paul não tê-la visto, é lógico que depois de ter pensado muito, pois estava se concentrando para a batida na loja amanhã e não queria misturar as estações.
Já eram treze e trinta da tarde e os agentes estavam à paisana tentando ver alguém conhecido na loja de Lady Pat, mas nada se via e ninguém aparecia.
Deram duas horas, três, quatro, até que Paul não agüentava mais ouvir o ronco do agente Carl e decidiu sair do carro e dar uma volta pela loja.
Saiu do carro sem fazer nenhum barulho, fechou a porta e saiu andando pela calçada. Como a loja estava do outro lado da rua, Paul foi até o farol da esquina e atravessou. Ao chegar à frente da loja quase tropeçou numa pedra que estava no caminho. – Droga!
Subiu dois degraus que dava acesso à loja e, quando estava olhando discretamente para dentro do estabelecimento, foi brutalmente surpreendido pelo agente Carl:
- Você está maluco, agente William, olha quem vem vindo do outro lado da rua em direção à loja!! – sussurrava Carl, apontando para os japoneses que se aproximavam.
- Você quer me matar de susto! Quase que eu tenho uma parada respiratória aqui – falava Paul, enquanto saía dali ao lado do agente Carl. – Vamos nos esconder ali atrás daquela banca de revistas.
Quando Paul e Carl se acomodavam atrás da banca, fingindo ler algumas revistas em exposição, os japoneses entrevam na loja carregando várias caixas e engradados de refrigerantes:
- Ande logo seu imbecil! Se não formos logo nosso mestre irá arrancar nossos olhos e jogá-los para seus peixinhos de estimação. Entendeu!? – gritou Sam, para um pobre carregador que trabalhava para a quadrilha do Mestre Mao, poderoso chefe do contrabando da Yakuza.
- Tenha calma, Senhor Sam. É que ta muito pesado, nô? – respondeu o carregador.
- Cale a boca e ande logo! – gritou Sam, dando-lhe uma tapa na cara.
O homem desequilibrou-se mas não deixou cair uma só caixa.
Os agentes Paul e Carl vigiavam do outro lado da rua, enquanto os japoneses entrevam na loja.
A tarde já estava acabando, e ninguém mais entrou na loja de Lady Pat. Paul não agüentava mais esperar os japoneses saírem da loja pra poder ir atrás deles. Resolveu então, ir embora e preparar-se para amanhã:
- Vamos embora, agente Carl. Eles devem ter saído pelos fundos da loja – falou Paul, descontente. – Vamos para o carro.
- Você tem razão. Nós temos que ir embora, eu ainda tenho que falar com o agente Peter sobre a batida de amanhã – falou Carl, indo com Paul em direção ao carro.
No segundo andar da loja, Sam espiava com um binóculo todo o movimento dos agentes, realmente ele estava irritado com eles. Primeiro foi Katy, que tentou penetrar na loja sem ser vista; agora eram os dois agentes que, com o que soube dos empregados da loja, ficaram o dia inteiro em frente à loja:
- O que você pretende fazer, Sam? – perguntou Lady Pat.
- Não sei, até agora eles só estão olhando a nossa loja. – respondeu Sam, seco. – Vamos mandar alguns homens para poder matá-los de uma vez por todas? – perguntou, acendendo um cigarro de cravo.
- Não, eu acho melhor nós cuidarmos do rapaz que ficou preso com os federais, você não acha?! – sugeriu Lady Pat, sorrindo.
- Eu acho que esses agentes idiotas estão rondando a loja por isso mesmo. O Sandro deve ter dito alguma coisa pra eles. E por isso vai ter que morrer. Meu mestre não suporta traição, entendeu? Lady Pat. – a voz de Sam intimidava.
- Por mim, não vejo problemas em matá-lo, Sam. Eu também não gosto de traidores, e isso vale pra qualquer um que quiser passar por cima de mim, entendeu? Samuray.
Os dois sorriram e, não querendo mais saber de conversas, Lady Pat apertou um botão e logo apareceram dois homens, um negro muito mal encarado e exageradamente armado e um branquelo com cara de nerd segurando uma pasta vermelha.
Assim que eles entraram, Lady Pat foi logo falando para eles matarem em exatamente cinco horas o rapaz que foi preso pelos agentes dias atrás:
- Deixe-me dar uma olhada nessas fotos, Luke – pediu Lady Pat ao homem que portava a pasta vermelha.
- Aqui está, senhora.
Lady Pat observou as fotos dos homens que trabalhavam para ela até que chegou à foto de Sandro:
- É esse aqui, Sam? – perguntou Lady Pat, dando a foto nas mãos dele.
- Sim, é esse mesmo. Você tem que treinar melhor seus homens, Lady Pat – caçoou Sam. – É esse aqui, Bill. Basta matá-lo e o dinheiro estará na mão, certo?! – Falou Sam, sorrindo para o negro que estava colocando munição em uma das armas.
- Pode deixar comigo. Senhor Sam – respondeu Bill, sorrindo também e se retirando da sala junto de Luke, o tesoureiro dos traficantes comandados por Lady Pat.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

CAPÍTULO SETE




Já havia terminado o expediente de Katy e Paul. Já estava tudo preparado para o dia, ou melhor, para a noite em que eles e mais dois agentes juntos com o inspetor Lucas iriam invadir a Loja de produtos Sul-Americanos.
Katy telefonara para o inspetor pedindo para que os agentes Carl e Peter ajudassem na busca dos traficantes que já estava marcada para sábado.
Paul acompanhou Katy até o estacionamento, ela queria ao menos poder descobrir o que Paul estava pensando. A partir do momento em que o Sr. Jonas contou que a mãe havia morrido de overdose, Paul não falara mais nada:
- Você está bem, Paul? – perguntou Katy, preocupada. – Você está tão sério – comentou, subindo em sua moto.
- Katy, o meu pai não sabe de nada. Mas eu sei que a droga que minha mãe usou na noite em que ela teve a overdose foi vendida por esses idiotas da quadrilha da Lady Pat.
- Mas...como você sabe disso, Paul?!! – perguntou Katy, surpresa.
- Eu costumava perseguir minha mãe, mas não era por causa das drogas, era porque ela tinha um caso com um canalha que se dizia amigo do meu pai – falou Paul, sério. – Houve uma noite em que eu a segui e percebi que ela estava com um comportamento muito estranho, ela estava dirigindo rápido demais...Nós morávamos na Barra da Tijuca e o amante dela em Copacabana, só que ela estava indo para o Morro da Rocinha, compreende Katy, para o Morro??!!! – perguntava Paul, super nervoso.
- Não compreendo Paul. Explica-me direito essa história, calmamente, está bem? – pediu Katy.
- É que na Rocinha, Katy, é um dos pontos onde a droga é vendida. Quando minha mãe chegou lá, um homem estava numa esquina vendendo cocaína e ela foi diretamente a ele e comprou um saquinho – explicava Paul. – Esse homem era o Sandro, Katy, o imbecil que nós prendemos aqui!!!
Katy não acreditava no que estava ouvindo. Era coincidência demais os dois homens serem a mesma pessoa. Confusa com o que Paul acabara de falar, Katy começou a fazer perguntas a Paul:
- Mas como isso é possível, Paul? Esse mundo é pequeno, mas nem tanto. – falou Katy, pensativa.
- O que acontece Katy, é que para os brasileiros o mundo é menor do que você imagina, só depende do caso.
- Eu sei Paul – concordou Katy. – Só o que eu lhe peço agora é que fique calmo até sábado, certo? – pediu Katy, preocupada. – Vai descansar um pouco que, à noite eu passarei em seu apartamento para pegarmos um cineminha, ok? – perguntou Katy, olhando fixamente para Paul.
- Tudo Bem, Katy. Eu não estou nervoso. Só estou cansado, mesmo. – falou Paul. – Hoje será a noite em que iremos nos divertir bastante, hêim Katy?! – perguntou, sorridente.
- Será Paul, será. – respondeu Katy, também sorrindo. – Bem, deixe-me ir embora, antes que anoitecemos aqui. Você não vai querer uma carona? – convidou Katy, indiretamente, com esperanças de que ele aceitasse, lógico!
- Dessa vez não, Katy – falou Paul, que percebeu uma pontada de tristeza momentânea dela. – Hoje eu vou em minha própria moto...rsrsrsrsrsr
Katy ficou surpresa com a novidade, a cada minuto que se passava ela ficava cada vez mais envolvida com Paul. Ele tinha os mesmos gostos que o dela, e os mesmos desgostos também:
- Não sabia que você havia alugado uma moto, Paul, onde ela está? – perguntou Katy, ligando a sua máquina.
- Está ali atrás, espere um instante que eu vou buscá-la... – respondeu Paul, parecendo um menino que vai mostrar o brinquedo novo...
Katy ficou esperando com o motor ligado, não se passaram três minutos e Paul chegava com sua Honda 750 Four K, totalmente negra. Katy ficou boquiaberta ao ver a moto:
- Ela é linda, Paul!!!! – falava Katy, entusiasmada. – Quando foi que você alugou essa belezinha, agente William?
- Eu não aluguei, Katy – respondeu Paul. – Pedi para que mandassem pra mim. Eu não imaginei que sentiria tantas saudades dela. E também não imaginava que minha mais nova parceira também pilotava motos...
- Ele é muito bonita, Paul. Agora, por quê não saímos daqui e vamos dar uma volta juntos, hêim?! – perguntou Katy.
- Claro!!!
Katy e Paul, em suas respectivas motocicletas, saíram do estacionamento rumo à lugar nenhum, ficaram passeando pelas ruas de Miami, até que se despediram com o som estridente de suas buzinas seguindo depois para seus apartamentos.
Quando Paul chegou ao seu hotel, não sabia o que fazer. Ele pegara todas as suas roupas que estavam dobradas no guarda-roupa e jogou-as na cama, fazendo uma bagunça tremenda!
Só depois de quinze minutos de escolha, é que Paul decidiu por um blazer preto, uma camisa de seda cinza e uma calça jeans escuro, quase preta. Tomou seu banho assoviando um samba da Estácio, perfumou-se por inteiro e ficou esperando Katy impacientemente...
Nesse mesmo momento, no apartamento de Katy, ela recolocava suas roupas nas gavetas. No seu quarto haviam roupas em todos os lugares, até embaixo da cama Katy encontrou lingeries que eram as suas preferidas...Depois de tanta bagunça e desordem, é que Katy, finalmente foi relaxar na banheira, onde ficou vinte minutos.
Quando Katy terminou seu banho, estava tão nervosa quanto antes. Trêmula e pensativa, ela vestiu uma calça de viscose azul marinho, uma mini-blusa de coton branca, etc, etc, etc....
Já eram sete horas e meia da noite quando Katy saía de seu apartamento e se dirigia para seu encontro com Paul, que estava nervosíssimo aguardando sua parceira chegar.
Katy chegou ao hotel, vinte minutos adiantada. Quando entrou no saguão do hotel, Paul estava tomando um suco de maracujá.
Quando Katy notou a presença dele, sentiu seu corpo esquentar novamente, ela não conseguia controlar e se sentia traída por isso:
- Oi, pensei que você estava em seu apartamento – falou Katy, encantada com o charme, com a vivacidade em que Paul se encontrava naquele momento.
- Oi, eu decidi esperar aqui...porque lá em cima está muito quente...vim refrescar um pouco – mentiu Paul.
- Bem, então...vamos!!? – disse Katy, impaciente.
- Você é quem manda! Hoje vou fazer só o que você decidir, o que você achar melhor pra nós dois – consentiu Paul, brincando com as palavras.
Depois de vários minutos de discussão, Paul e Katy saíram em apenas uma moto, a dele, é lógico... Só que Katy é quem iria pilotar, é Lógico!
Os dois assistiram a um filme somente, depois seguiram para uma lanchonete próxima ao cinema, no lugar mais movimentado de Miami.
No relógio de Katy marcavam onze horas e meia, foi aí que ela resolveu voltar para o hotel, só que num caminho diferente:
- Para onde vai esta estrada, Katy? – Paul estava curioso, olhava para todos os lados, tentando identificar alguma coisa. Segurando firme a cintura de Katy, devido à alta velocidade da sua moto.
- Estamos indo para Miami Beach, Paul. Espero que você goste de praias, pois iremos passear um pouco por lá, é que nesse horário há poucas pessoas, e é bem mais calmo – falou Katy, nervosa.
- O que você tem Katy? – perguntou Paul, sentindo que Katy estava tremendo um pouco.
- Não tenho nada, Paul, eu só estou um pouco nervosa porque ainda não dominei bem a sua moto, é que a minha é de época diferente, e mesmo a sua sendo antiga tem novidades que a minha não tem..rsrsrsr – mentiu Katy.
Não se passaram dez minutos e já dava pra ver as ondas violentamente fortes, onde só suas espumas esbranquiçadas é que se destacavam perante o céu escuro e totalmente estrelado de Miami Beach.
Katy estacionou a moto de Paul em frente a um quiosque, os dois desceram e, sem falar absolutamente nada Katy seguiu andando para o quiosque; Paul que não estava entendendo o que se passava com Katy, foi conversar com ela:
- Você está sentindo alguma coisa? – realmente Paul estava preocupado. Entrando no quiosque pra conversar com ela.
- Estou, mas não sei definir o que é realmente – respondeu Katy, observando o mar.
Agora Paul sentia que Katy também o desejava, mais de uma forma ainda distante, assim, ele fez com que ela decidisse o que queria naquele exato momento:
- Katy, eu não sei o que você quer, mas, peça o que quiser e eu trarei pra você – falou, olhando fixamente pra Katy.
- Paul, eu não quero que você me traga absolutamente nada, eu apenas quero que você me beije, por favor.....- suplicou Katy, enquanto encostava seu corpo delicadamente ao do Paul, fazendo com que ele, com seu jeito sedutor, baixasse sua cabeça para roçar lentamente seus lábios no pescoço dela.
- Ahhh, Katy, você me deixa cada vez mais apaixonado por você...- sussurrou Paul, beijando-a no lóbulo e indo em direção aos lábios dela. – Eu quero fazer amor com você, Katy. – falou Paul, sem pensar.
- Eu também Paul – sussurrou Katy.
Paul pensava em ser o homem mais feliz do mundo; com uma intensidade sem igual, ele beijou Katy com tanto afeto e prazer que, ela com suas mãos começou a desabotoar a camisa de Paul sem ter consciência de seus próprios atos, como uma menina de quinze anos, pronta pra se entregar.
Aos poucos, os dois iam se ajoelhando nas areias frias daquela praia, Paul já havia retirado seu blazer e jogado no chão, colocando posteriormente Katy deitada sobre o blazer e deitando-se ao seu lado.
A respiração de Katy era ofegante; sutilmente, Paul deslizou sua mão pelo pescoço de Katy até chegar a sua mini-blusa, com movimentos insinuantes, Paul acariciou os seios de Katy e ao mesmo tempo beijava-a fazendo com que ela gemesse de tanto prazer.
Ao mesmo tempo, Katy desabotoava cuidadosamente o resto dos botões que faltavam na camisa de Paul. Enquanto ela tirava a camisa dele, Paul se aconchegava suavemente sobre Katy.
Nesse instante, uma luz inesperada pairava sobre os dois amantes que, por motivos óbvios, assustaram-se com a claridade da lanterna:
- Quem é que vocês dois pensam que são, os deuses da mitologia que faziam sexo onde e com quem bem entendessem?!!! – perguntava o policial que fazia a ronda naquele local. – São exatamente vinte e quatro horas, eu acho que vocês resolveram vir à praia muito tarde, ou muito cedo....
- Pode deixar que eu explico, policial – falou Paul, nervoso com a repentina intromissão do homem fardado na sua frente, num momento tão especial de sua vida de macho apaixonado.
- Eu vou embora, Paul, sábado de manhã nós conversamos – falou Katy, nervosa com tudo aquilo. – Tchau!
- Ei!!! Garota!!! Onde você pensa que vai??? – perguntou o policial, dirigindo-se para Katy.
No momento em que o tira deu um salto em frente de Katy para que ela parasse, ela tirou sua insígnia de agente e mostrou ao “Tira”, que automaticamente parou:
- Tudo bem..Agente, eu não vou perguntar mais nada, ok? Assim fica todo mundo contente. Agora, da próxima vez...
- Não haverá próxima vez, policial!... – falou Katy, envergonhada com a cena toda.
- Do quê você está falando, Katy? – perguntou Paul, sobressaltado...vestindo suas roupas.
O policial que não queria ficar ali, para não ser submetido à uma grave falta perante os federais, foi indo embora para o seu carro, de mansinho e sem olhar pra trás.
- É isso mesmo que você ouviu Paul! – respondeu Katy, de costas e com os olhos banhados em lágrimas.
- Mas Katy! E os nossos beijos, nossas trocas, nossos...
- Paul, eu quero que você fique preparado pra a “batida” de sábado, está bem? Amanhã eu não irei trabalhar, o agente Carl irá conversar com você sobre os equipamentos que iremos usar, até sábado. – despediu-se Katy, dando-lhe um delicado beijo nos lábios e, em seguida, atravessou a avenida e entrou no prédio onde morava.
Paul ficou observando o trajeto de Katy até sumir no saguão do edifício, que ficou ali pensando, se perguntando...Por quê Katy o trouxe logo para perto de seu apartamento????
Nervoso, Paul seguiu em direção à sua moto onde estava também, o carro do policial que estava esperando-o:
- Desculpe-me, senhor...- falou o policial.
- William, agente Paul William. O que você deseja policial? – perguntou Paul, impaciente e confuso.
- Eu sinto muito em ter atrapalhado seu romance, agente Paul William, como o senhor já sabe é o meu serviço e, à essas horas da noite aqui nessa praia tudo é possível.
- Tudo bem policial. Não se preocupe, isso não irá mais acontecer. – falou Paul, montando em sua moto. – Pode retornar à sua ronda, eu já estou indo embora.
- Sim obrigado e, pilote com cuidado – falou o policial, apertando a mão de Paul e se dirigindo para a viatura.
Depois que a viatura policial também sumiu de vista, Paul, irritado com tudo o que tinha acontecido deu um soco no guidão de sua própria moto:
- Ai!!!! Porcaria, até você está contra mim??? – falou Paul, saindo daquele lugar e pegando a auto-estrada.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

CAPÍTULO SEIS




Eram dez para as nove de manhã, quando a agente Simon estacionava sua moto em frente ao prédio da Agência Central.
Desde o dia em que Paul William chegara, Katy mudou todos seus objetos de trabalho para um escritório mais amplo e confortável no prédio da matriz, para sua segurança e a de Paul.
Katy entrou no elevador em direção ao seu escritório, que ficava no décimo andar. Quando a porta do elevador se abriu, Katy viu Paul, que estava abrindo a porta do escritório:
- Bom dia, Paul – cumprimentou Katy. – Esse é o relatório do homem que capturamos, ontem à noite? – perguntou, olhando para a pasta.
- Sim, seu pai estava aqui, quando entrei no edifício. Ele me falou que o mapa da loja está aqui também. – respondeu Paul. – Vamos, entre...não é possível trabalharmos no corredor.
- Sim, é claro! – falou Katy, sorrindo. – O inspetor Lucas comparou o mapa que o prisioneiro desenhou, com o mapa da planta do imóvel? – perguntou Katy, sentando-se em sua mesa.
- Comparou, mas, só a loja é que coincide com o original. E existe três túneis que foram construídos logo após a loja ser vendida para os brasileiros, esses túneis vão dar em três ruas diferentes do quarteirão, como podemos ver aqui – respondeu Paul, mostrando-lhe os mapas.
- É isso mesmo, Paul! – falou katy. – Nós podemos entrar por essa passagem que existe nos fundos da loja. Quando eu fui investigar semana passada, eu percebi que nesta passagem existe pouquíssimo movimento de pessoas – comentou Katy, apontando no mapa. – É lógico que, no momento em que entrarmos, teremos que tomar muito cuidado pois, não sabemos o que vamos encontrar lá dentro.
- Faz sentido, o que você diz Katy. Mas, conforme nós entramos nesse túnel, as outras passagens já estarão interditadas por nossos reforços, compreende? É por esse túnel que Lady Pat vai querer fugir, porque ele é menor que os outros dois. Então a fuga vai mais rápida, entendeu?
- Perfeitamente, Paul – respondeu Katy.
- Então seguiremos este esquema. Lá na loja existem cinco pessoas, conforme falou o prisioneiro, duas nós já sabemos quem são: Lady Pat e Sam. Mas deve existir muito mais do que isso.
- Sam? Quem é esse tal de Sam? – perguntou Katy.
- Foi ele que escapou ontem à noite, mergulhando na piscina – respondeu Paul. – Mas desta vez vamos pegá-los de uma vez por todas, não vamos?! – perguntava Paul olhando fixamente nos olhos de katy.
- Sim, vamos....-respondeu Katy, hipnotizada.
O agente William paralisava Katy só com o olhar, era incrível o poder de sedução que aqueles olhos tinham.
Katy começou a ter pensamentos, sonhos, imagens dela e Paul juntos em outro lugar mais calmo, aconchegante, confortável, menos no escritório em que se encontravam no momento.
Infelizmente Katy foi despertada por batidas na porta:
- Deixe que eu atendo – falou Paul, sorrindo.
- Sim, claro – falou Katy, um pouco atordoada com a força, a energia magnética que aquele homem tinha.
Paul abriu a porta, e Jonas entrou, vestindo um bermudão, uma camisa estampada com cores vibrantes e calçando um tênis:
- Meu Deus! Como tem mulher gostosa nesse lugar, Paul!!! – falou seu pai, pensando que estava sozinho com o filho. – Gostaria de poder ficar com todas que conheci de uma só vez, mas eu sei que elas não iriam agüentar a fome do Senhor Jonas aqui...hahahahah – falou, batendo as mãos contra o próprio peito e sorrindo.
- Pai, fale baixo – pediu Paul. –Não estamos sozinhos.
- Vejo que está se divertindo bastante, Sr. Jonas – comentou Katy, com um ar malicioso.
- Olá agente Simon; É verdade. Estou me divertindo muito! As praias aqui são belíssimas, faz lembrar as praias do Rio de Janeiro às vezes. Principalmente porque faltam os arrastões...hahahahahahahah- falou Jonas, que mudara de assunto automaticamente.
- Entre papai – convidou Paul. – Katy e eu estamos bolando um esquema para darmos uma batida lá na loja de produtos Sul-Americanos.
- Ahhhh! Paul, eu gostaria de lhe mostrar umas coisas que eu consegui, quando peguei aquele assassino que metralhou o prédio em que eu estava trabalhando com meu pai – falou Katy.
- Vamos ver então que coisas são essas!!! – falou Paul, curiosíssimo.
Enquanto o Sr Jonas e o agente William se acomodavam, Katy pegava os objetos que tinha conseguido com o presunto do prédio em que trabalhava. Quando Katy jogou a carteira de identidade, o passaporte falso e a foto na mesa, Paul ficou perplexo:
- Onde você conseguiu tudo isso? – perguntou Paul, pegando a fotografia para ver melhor.
- Estavam nas roupas do bandido – respondeu Katy.
- Esta foto também estava junto com os objetos que você pegou?
-Sim, estava – respondeu Katy. – E é isso que eu não entendo – respondeu Katy. – Tem que haver alguma ligação entre essa foto e as pessoas que trabalham para Lady Pat – declarou Katy, nervosa.
- Por que voc~e acha que essa hipótese tem fundamento, Katy? – perguntou Jonas, preocupado.
- Eu acho que é porque meu pai é brasileiro, não sei...- respondeu Katy. – Pode ser vingança, ou alguma coisa do gênero.
- É, pode ser. Então teremos que investigar essa loja o mais depressa possível – declarou Paul. – Se não a vontade desses marginais em querer matá-la e a seu pai pode se concretizar. Incluindo eu! Que agora eles também querem, não sei por que cargas d’água.
- Amanhã mesmo iremos vigiar a loja, durante a noite inteira, está bem? – decidiu Katy.
- Tudo bem pra mim, Katy – falou Paul.
- Tomem cuidade com esses mafiosos, eles não vão dar moleza para ninguém – avisou Jonas. – Eles investem alto em armamentos, ouviram bem?
- Sim, Sr. Jonas, ouvimos muito bem! – falou Katy, sorrindo. – Por falar em armamento, gostaria que vocês dessem uma olhada nessas belezas que eu tenho bem aqui.
Katy dirigiu-se ao armário de ferro, tirou as chaves do bolso de sua calça jeans e abriu a porta de cor cinza escuro.
Paul ficou espantado com tantas armas que haviam dentro daquele armário. Era um verdadeiro arsenal de guerra.
Haviam duas M16, uma M60 usada na guerra do golfo, duas escopetas, quatro calibres 12, um disparador de mísseis de pequeno porte, duas magnuns, três 765 com visor noturno, facas de todos os tipos e muita munição.
O cigarro do Sr. Jonas caiu em cima de seu bermudão novinho, quando ficou boquiaberto ao ver tanta arma em poder de uma mulher...
- Caramba! A minha bermuda está pegando fogo!!!! Porcaria de cigarro...- xingou, pulando e ao mesmo tempo batendo as mãos contra as pernas.
- Fique quieto pai! Não sei pra quê você ainda fuma... Você não pode ver nada que fica com a boca aberta, anote aí Sr. Jonas, tu ainda vais morrer queimado com seu próprio cigarro – avisou Paul. – Agente Simon, aonde você arranjou tanta arma? –perguntou Paul, impressionado.
- Eu comecei à colecionar armas a partir do momento que entrei na CIA – respondeu Katy, sorrindo. – Todas essas belezinhas estão em perfeito estado de conservação para o uso, estão completamente limpas e carregadas, que é o principal.
- Mas Katy! Isso não é uma batalha, será apenas uma batida para apreendermos drogas e, quem sabe, conseguirmos enjaular alguns traficantes – falou Paul.
- Eu sei que não é uma batalha, Paul. Mas eu sei que é uma guerra – falou Katy, decidida. – A batalha será muito mais difícil de vencermos – concluiu Katy.
- Você está certa, Katy – concordou Paul. – Nós somos verdadeiros guerreiros, e lutamos contra essa corja de bandidos traficantes que só fazem destruir vidas por aí! Vendendo essas porcarias desses narcóticos que não prestam pra nada. – falou Paul, explodindo.
- Nossa Paul, por que tanto ódio? – perguntou Katy.
- A mãe dele morreu de overdose, agente Simon. – respondeu Jonas, já se retirando do escritório. – Vou embora, até mais ver, agente Simon.
- A...até logo, senhor Jonas – despediu-se Katy.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

CAPÍTULO CINCO


No hotel, o agente Williams estava tentando suportar a dor física, e ao mesmo tempo a dor da alma.
Há dois anos, Paul estava apaixonado por Katy Simon; sempre quando o Sr. Jonas, recebia cartas de seu amigo o inspetor Lucas, ele também às lia, para saber de alguma coisa sobre Katy. Quando Paul viu sua fotografia, sentia um profundo desejo de abraçá-la... beijá-la... de estar com ela.
Mas agora, Paul achava que tinha exagerado. Finalmente conseguiria matar seu desejo, mas não iria mais importulaná-la, tinha medo de estar muito precipitado com relação a Katy.
Portanto, depois de quase ter se declarado a ela pela manhã decidiu então não mais tomar iniciativa e sim, comportar-se, para que o tempo fizesse com que a Katy também correspondesse ao seu amor.
Quando Paul estava no Brasil, não esperava a hora de poder ir com seu pai passar as férias em Miami. Mas seu santo protetor foi bem mais caridoso, além de passear algumas semanas para conhecer Miami e se divertir um pouco, também poderá trabalhar com Katy, e isso era que ele mais desejava.
Depois que o Sr. Jonas fez um curativo no braço de Paul, começou a falar:
- Como isso pode acontecer, Paul?. E o pior é que amanhã você começa a trabalhar, ainda bem que foi o braço esquerdo que lhe acertaram, hêim?
- Não se preocupe com isso, pai falava Paul. – O pior é que quando Katy me ajudava com o ferimento eu tentei agarrá-la e, eu acho que coloquei tudo a perder com nosso relação.
- Você ficou maluco, agente Paul Williams!!! Como poderei encarar o Lucas agora? Perguntou Jonas, com raiva. – E a garota, meu Deus! Eu não vou ter coragem nem de passar por perto dela. Tenho certeza de que quando ela me viu no escritório do seu pai hoje de manhã, ela pensou que eu era pai de um tarado, um maluco aproveitador, ah! Sei lá!!!!
- Caramba, pai! Tenha calma! Falou Paul. – Não se preocupe o inspetor não saberá de coisa alguma.
- E como você tem tanta certeza disso, Paul? – perguntou Jonas, mais calmo.
- Isso é fácil, porque ela também me desejou no momento em que a beijei. Ela não vai falar nada a ele.
- Você é um imbecil mesmo, Paul; Além de agarrar Katy, você a beijou? Eu não agüento mais, terei que mandá-lo para um mosteiro para ver se lá eles te concertam – falou Jonas sorrindo, enquanto ia para o seu apartamento.
Era muito bem humorada a relação entre Paul e seu pai. Mas Jonas num ponto era sensato, sempre gostou de um lugar a penas para ele, por isso ele alugou um apartamento no mesmo hotel em que estava Paul, só para ele, e para as convidadas, é claro.
No momento em que abriu a porta, Jonas fora surpreendido por dois homens, que entraram no apartamento perguntando por Paul.
- Aonde ele está? Velho idiota, fala logo! – perguntou o estranho, apontando-lhe uma arma na cabeça.
- Não sei, não sei ! – gritou, com medo dos bandidos perceberem que ele não estava sozinho no apartamento.
O bandido decidiu então vasculhar o apartamento por inteiro, deixando Jonas com o outro pilantra:
- Vigie o velho aí, Sandro, que eu vou procurar o outro.
- Não fale meu nome seu estúpido!
- Desculpe, cara, eu esqueci – falou o outro, estranho no quarto de Paul. – Esse é o quarto do imbecil que acertamos, eu vou dar uma olhada, certo?
- Falou! - respondeu Sandro.
Quando o “elemento” entrou no quarto, não esperava ser surpreendido por Paul, que estava escondido atrás da porta.
O agente Williams deu –lhe uma coronhada no pescoço tão forte que o outro bandido que estava vigiando Jonas começou a gritar.
- Que barulho foi esse, Sam, você esta bem?, pega logo este cara, e vamos embora.
Jonas, sentindo que ele estava muito nervoso e inquieto, deu-lhe sonoro soco no nariz. O bandido caiu no carpete, desacordado.
Paul saiu do quarto, encontrando seu pai na sala; vendo o pilantra estirado no chão, começou a falar:
-Ora, ora Sr. Jonas, vejo que continua em forma.
- Pois é, Paul. Era essa a parte do meu antigo trabalho que eu mais gostava – falou, sorrindo e balançando a mão que doía um pouco por causa do soco. – Vá buscar o outro imbecil, enquanto eu cuido desse, aqui.
Quando Paul Voltou para seu quarto, não encontrou o homem que tinha dado o golpe com sua arma. Paul começou a procurá-lo pelo quarto cuidadosamente, chegando a conclusão que o bandido tinha escapado pela janela.
Foi até a janela, mas não conseguiu avistá-lo. Percebeu que seu apartamento, que era no segundo andar, ficava bem acima da piscina, que estava com suas águas agitadas.
- Merda o idiota mergulhou! Gritou Paul, nervoso.
Em seu relógio marcavam dezoito horas, quando voltou à sala, para interrogar o outro elemento.
Chegando na sala, encontrou seu pai amarrando o bandido que estava acordando.
Paul descontrolado, começou a dar tapas no rosto do individuo, perguntando o por quê da sua inesperada visita.
- Como é cara? Vai dizendo tudo o que sabe. Eu não sou um homem paciente.
- Calma, Paul ele vai falar tudo, não precisa bater nele... – comentou seu pai.
Nesse momento, ouve-se uma batida na porta da entrada:
- Quem está aí ? Por favor, fale! - pediu Paul. – Pai, telefone pra Agência Central, enquanto eu vou atender a porta.
- Esta bem, Paul. Fique quieto aí, idiota – falou Jonas ao bandido amarrado.
Quando Paul abriu a porta, surpreendeu-se com a pessoa que esperava ser atendida:
- Oi...é você, agente Simon? – falou Paul, envergonhado. – Entre, adivinhe quem veio fazer uma visitinha? – perguntou Paul.
- Oi e eu não sei quem veio visitá-lo, agente Williams – Katy ficou furiosa em saber quem era e ao mesmo tempo triste, pois Paul a estava tratando como agente, e não como Katy.
- Os pilantras que tentaram nos matar, hoje pela manhã, você se lembra? – perguntou Paul, sorrindo.
Katy ficou completamente arrepiada ao lembrar-se da manhã que tinha passado ao lado dele.
- Sim, lógico que estou lembrada, - respondeu Katy entrando na sala e se assustando com o homem amarrado e ensangüentado.
- Nós só conseguimos segurar este, o outro escapou mergulhando na piscina – falou Paul, puxando os cabelos do bandido para que Katy pudesse ver o rosto dele.
- Você e seu pai bateram nesse homem? – perguntou Katy.
- Sim, batemos, por quê?
- Se o senhor não sabe agente Williams, aqui nos Estados Unidos, até o mais canalhas dos homens tem seus direitos – falou Katy.
- Olha aqui, garota, esse idiota é do mesmo país que o meu, portanto, o "direito" está ao meu favor nesse momento. Foi esse homem que tentou nos matar, certo?! – gritou Paul, enfurecido.
- Calma Paul! – falou Jonas. – A agente Simon está com você no mesmo caso, por que vocês não interrogam o idiota aí, para ver se descobrem alguma coisa, hêim?!
- Ele tem razão, Paul – falou Katy sem perceber ter dito o seu primeiro nome.
Enquanto o Sr. Jonas subia para seu apartamento, os agentes ficaram interrogando Sandro:
- Por que queria nos matar? – perguntou Paul.
- Eu cumpro ordens, doutor, eu não as faço – respondeu Sandro.
- Olha aqui, seu imbecil, a policia já está chegando e, eles não vão ser tão gentis como nós estamos sendo – falou Katy, tirando a arma da cintura e apontando para a cabeça de Sandro. – Portanto, é melhor dizer tudo de uma vez, certo?
- Tudo bem, doutora, tudo bem. Eu vou falar tudo de uma vez só, tá legal? - respondeu Sandro com medo da arma disparar.
- Katy, aonde estão os direitos desse palerma, de que você tanto falou? – perguntou Paul, estranhando seu comportamento violento.
- Esquece desse detalhe por enquanto, Paul, agora o elemento que esta aqui a nossa frente quer falar. Não é?!- perguntou Katy a Sam.
- É verdade doutora, é verdade!!! – respondera Sandro – O negócio é o seguinte: Eu e o outro cara fazemos parte de uma quadrilha de traficantes, que distribui pó para o Japão e para os Estados Unidos via Amazonas. Semana passada eu a vi bisbilhotando nossa loja então percebemos que você sabia muito mais do que pensávamos. Soubemos também que esse cara aí veio do Brasil para nos investigar, então nosso chefe mandou apagá-lo. É só isso que eu sei – terminou Sandro.
- Quem é seu chefe, ele é americano ou brasileiro? – perguntou Paul.
- O doutor quer dizer, americana. A nossa chefe é um americana. O pessoal a chama de Lady Pat, a nossa Patroa. Uma loirassa com uma rosa tatuada no traseiro. É só isso que eu sei só isso.
- Meu Deus, que mal gosto – falou Katy, recolocando sua arma na cintura. – Essa mulher deve ser psicopata.
- Podes crê doutora, e está louquinha pra matar a senhora, sabe como é...Acho ela não foi com tua cara... – falou Sandro rindo.
- Cala a boca, seu imbecil! – falou Paul.
Nesse instante, a policia bate a porta. Katy foi atender, enquanto Paul desamarrava o bandido.
Acompanhado pela polícia, o inspetor Lucas entra no apartamento de Paul.
- Aonde está o pilantra Katy? - perguntou o inspetor.
- Esta aqui na sala inspetor Lucas, podem levá-lo respondeu Paul, que já tinha chegado na porta entregando o bandido para os policias.
- Pai, ele nos falou algumas coisas, enquanto vocês não chegavam – comentou Katy. – Você vai interrogá-lo mais algumas vezes, não é? Então faça com que ele desenhe um mapa indicando todos os cômados da loja, está bem?
- Tudo bem, Katy – consentiu o inspetor. – Agora me deixe levar esse vadio para a Agência antes que o fedor dele contamine o hotel por inteiro, tchau! – despede-se o inspetor, sorrindo.
- Até amanhã! – despediram-se Paul e Katy ao mesmo tempo.
- Bem, eu acho que também vou me embora, vejo que o seu braço já está bem melhor, não é? – perguntou Katy.
- Sim, está – concordou Paul. – Ainda bem que não acertaram o direito.
Foi nesse momento que Katy tomou coragem...
- Agente Williams... quero dizer, Paul, você aceita jantar comigo, amanhã à noite... em minha casa? Eu já vou lhe avisando que o meu jantar è à base de pizza e suco de laranja – convidou Katy sorrindo.
- Eu adoraria... Katy, mas não sei de devo, o seu pai não iria achar ruim que um estranho como eu invadisse desse jeito a sua vida?
Depois dessa pergunta, Katy não conseguia mais responder ou perguntar nada; o sangue começou acelerar em suas veias, um calor acabava de tomar posse de todo seu corpo. Se Paul a convidasse para fazer amor naquele momento, ela não pensaria duas vezes em aceitar.
Com todo aquele silêncio por parte da Katy, que não fazia nada, a não ser olhar fixamente os olhos de Paul que não agüentou e então começou a falar:
- Vamos fazer assim, Katy, em vez de eu ir em sua casa para jantar, você me leva ao cinema para assistirmos a um filme que eu quero ver a muito tempo, esta bem? Assim eu, eu fico conhecendo melhor Miami.
Katy ficou confusa com a proposta de Paul, mas não se importou e aceitou.
- Tudo bem, Paul. Então, eu te pego amanhã à noite, vamos ver... às oito horas, tá legal?! – perguntou Katy.
- Esta ótimo! Então... Boa noite – despediu-se Paul. – Ah! Amanhã nos encontramos na Agência Central às nove, certo!? – lembrou-lhe Paul. – As oito não têm como ir...
- Sim, as nove em ponto, tchau! – despediu-se Katy, estranhando e entrando no elevador.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CAPÍTULO QUATRO



Quando entravam no apartamento, Katy carregou o agente Paul até o quarto. Katy, não agüentando o silêncio que pairava no ar, começou a falar:
- Agente Williams, você é alérgico e algum medicamento? – perguntou Katy preocupada.
- Até o momento, não; Katy, eu não sinto o meu braço, vá ao banheiro e pegue algumas toalhas e na cozinha uma vasilha com água quente, por favor... – pediu Paul.
- Sim, eu vou buscar.
Katy pegou várias toalhas e uma vasilha com álcool e água. Quando chegou no quarto, encontrou o agente Williams rasgando a camisa de seda marrom que usava. Paul viu Katy com o que ele havia pedido, e falou para que ela entrasse no quarto:
- Por favor, Katy, venha me ajudar – pediu o agente Williams. – Termine de tirar a minha camisa, sim?
Katy ficou sem saber o que fazer, mas, seu espírito de bom senso falou mais alto, então foi ajudá-lo.
- Claro! Tome cuidado com o ferimento – a agente Simon levantou a barra da sua calça de linho azul marinho e retirou uma faca que trazia amarrada na perna. – Eu vou ter que cortar sua camisa.
- Tudo bem, não tem problema – comentou pensando se não haveria mais surpresas por parte de Katy. – Aonde você carrega mais armas, além das pernas, senhorita Katy Simon? -perguntou Paul, sorridente.
- Bem, eu carrego uma Colt na bolsa, essa faca na perna e um 45 reforçado na cintura – respondeu Katy brincando. – Agora agüente firme por que vai doer um pouco.
E Katy cortou a manga da camisa onde estava o ferimento.
Paul Williams gemeu de tanta dor; querendo agarrar-se em alguma coisa para se apoiar contra seu sofrimento, ele pegou o braço de Katy, que se desequilibrou e caiu sobre ele.
- O quê você está fazendo? – perguntou Katy, se debatendo sobre Paul. – Está maluco?! O ferimento do seu braço vai abrir se não parar de me apertar
- Estou fazendo o que você está vendo, Katy – respondeu. -E eu não estou maluco, estou ardendo de desejo por você.
- Vejo que além de ferido, você está delirando, agente Williams. – falou Katy, apavorada com a força que tinha aquele homem.
A luta de Katy foi em vão; não se passaram nem dez segundos e ela não quis mais se debater. Uma onda de desejo foi tomando posse de seu corpo, e Katy não conseguia se controlar.
Sentindo que ela desejava com a mesma intensidade, o agente Williams puxou para si com seu braço ainda ferido os fartos cabelos escuros de Katy, fazendo com que seus lábios se encontrassem num beijo misturado de dor, desejo e voracidade.
Katy tentava empurrá-lo, mais seu desejo a traía, suas mãos sumiam, por entre os pêlos do peito musculoso do Paul, provocando carícias deliciosas. Ela não esperava que suas respostas às carícias insinuantes de Paul iriam ser tão rápidas.
Já ia desabotoar a blusa de viscose branca de Katy, quando ele se deu conta de que estava prestes a cometer uma loucura.
Como ela não conseguia soltar-se dos fortes braços de Paul foi obrigada a apertar um local próximo ao ferimento dele, que no mesmo instante a largou. Katy depois de se recompor, falou finalmente com ele:
- Agente Paul Williams, espero que isso não aconteça novamente, e, vejo que o seu ferimento já melhorou, espero também, encontrá-lo amanhã às oito horas no prédio da Agência Central, para começarmos a nossa investigação e... passar bem! – despediu-se saindo do quarto com a respiração ainda ofegante.
- Passar bem, Katy. “Ainda chegará nosso momento...” – pensou.
No caminho para o trabalho, Katy acelerou tanto a sua moto que nem percebeu que tinha ultrapassado quarto sinais vermelhos, causando grande confusão no trânsito.
Quando chegou no prédio, Katy não prestava atenção em nada e em ninguém, só queria conversar com seu pai.
Procurou na sala de reuniões, onde só encontrou o agente Peter. Katy, já cansada de procurar seu pai por todo o prédio perguntou aonde o Inspetor estava:
- Por favor, Peter, diga-me onde está o inspetor?
- Ele está em seu escritório como sempre, agente Simon – falou Peter estranhando o comportamento de Katy, pois todos sabiam que o Inspetor Lucas nunca saía de seu escritório. – Ele está conversando não sei com quem...
- Obrigada! – agradeceu Katy.
Dirigiu-se para o escritório de seu pai. Chegando, entrou sem bater na porta de vidro escuro.
Katy percebeu que seu pai a esperava, e que ele não estava sozinho:
- Olá! Agente Simon, espero que o meu filho tenha sido gentil com a senhorita – falou Jonas.
- Olha, Sr. Jonas, o seu filho se comportou muito bem, depois ele lhe dirá tudo – falou Katy um pouco surpresa com o comentário dele. – Olá, papai, se não for incômodo, eu gostaria de conversar com o senhor, em particular.
- Deixem-me ir embora que eu acho que chegou a minha hora, não é mesmo?! – perguntou Jonas bem humorado. – Depois nós voltamos a pôr nossa conversa em dia Lucas, tchau.
- Tudo bem, Jonas até logo – despediu-se o inspetor.
O inspetor Lucas sentiu que Katy estava nervosa. Nunca ele tinha a visto deste jeito.
Enquanto o inspetor arrumava seus papéis, Katy começou a falar:
- Inspetor Lucas, gostaria de saber, o por quê dessa brincadeira sem graça, que o senhor me fez passar – falava Katy, tentando se controlar.
- Ora, ora, Katy, uma brincadeira, duas brincadeiras, que mal há nisso? Perguntou o Inspetor, se segurando pra não gargalhar.
- Papai, por que você não me falou que ele era novo e que vinha acompanhado do pai? – perguntou Katy. – Eu tive que levar o agente Williams até o hotel, enquanto o pai dele alugava um carro para ir paquerar garotas, por Deus, Inspetor Lucas, eu quase desmaio de susto ao ver dois homens, em vez de um indo em minha direção lá no aeroporto!
- Você gostou dele? - perguntou o Inspetor, com os olhos fixos na filha.
- Do que você está falando, inspetor Lucas? – perguntou Katy nervosa.
- É que nunca a vi desse jeito, nervosa, brigando comigo por causa de uma simples brincadeira - respondeu o inspetor, acertando em cheio a consciência de Katy.
Katy não sabia como disfarçar a atração que estava sentindo pelo agente Paul Williams, seu corpo estremecia quando se lembrava do beijo e das carícias que trocaram no hotel.
- Katy, Katy!!! – chamava o Inspetor Lucas, tentando despertá–la de seus pensamentos.
- Não se preocupe comigo papai – falou Katy, confusa. – Por falar em brincadeiras, no caminho do aeroporto até o hotel, eu e o agente Williams fomos perseguidos por atiradores.
- Como foi isso, Katy? Perguntou o Inspetor, agora mais sério do que nunca. – Eles atingiram alguém?
- Eu acho que eles fazem parte da mesma quadrilha de traficantes que eu e o agente Williams iremos investigar – falou Katy. – O agente Williams foi atingindo no braço esquerdo, mas já deve estar melhor, foi um tiro de raspão.
- Puta que pariu, esses bandidos não estão brincando! Katy eu quero que você investigue esse caso com muita cautela, certo? – pediu o inspetor, preocupado com a filha. – Depois, quero que faça uma visita ao agente Williams ainda essa noite.
- Mas, eu acabei de vim do hotel, não sei por que é necessário que eu vá novamente para lá – falava Katy.
- Isto são ordens, agente Simon – declarou o inspetor. – Isto não vai fazer mal a ninguém, ou vai?
- Sim, senhor, inspetor, à noite irei visitá-lo – consentiu Katy.
Ela não esperava que seu próprio pai a jogasse bem na arena do “guerreiro insaciável”; mandar que vá visitar aquele “maníaco sexual”. Mas, Katy estava preocupada com o ferimento dele, por isso... talvez, iria vê-lo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

CAPÍTULO TRÊS


Já eram oito horas da manhã de terça, e Katy já estava na alfândega esperando o agente Williams.

No caminho de seu apartamento até o aeroporto, Katy pensava como poderia um homem que tem cinquenta anos ter sido aluno do seu pai que tinha cinquenta e dois anos de idade, logicamente era muito estranho.

Em seu relógio marcava oito horas e vinte e cinco minutos, quando anunciou a chegada do vôo do agente Williams, logo, começavam a sair do portão de desembarque várias famílias; até esse momento Katy não tinha avistado nenhum homem aparentando a idade que seu pai havia lhe dito.

Só quando deu exatamente oito e meia, é que saíram do portão dois homens recolocando suas armas na cintura, um senhor com roupas tropicais aparentando ter mais ou menos uns cinquenta anos e um homem que deveria ter uns vinte e nove....mais ou menos.

Os dois homens não se intimidaram e foram direto até onde Katy estava, o mais velho foi logo falando:

- Olá! o meu nome é Jonas - apresentou-se o homem alegremente. - Suponho que seja a agente Katy Simon. Nossa! Você é muito mais bonita pessoalmente do que nas fotos que seu pai me mandou! Ah! E esse é meu filho, o agente Paul Williams, ele é quem vai trabalhar com você...Eu só estou aqui de férias, como você já deve ter visto, né?

- Oi! Muito prazer em conhecê-los - falava Katy em pouco confusa e com vontade de matar o próprio pai. - Espero que gostem de Miami, senhores. Nós teremos muito trabalho por aqui, agente Williams.

-Por favor, agente Simon, sem formalidades, pode me chamar de Paul. Assim... eu poderei chamá-la de Katy, não é mesmo?! Realmente...você é muito boni...

-Muito obrigada! Agente...quero dizer...Paul, você é muito gentil.

- Ora, ora, o que é isso gente?! - intenrrompeu Jonas. - Vamos parar com essa conversa mole e sair logo desse lugar, certo? Precisamos alugar um apartamento, Paul. E bem rápido.

-Não se preocupe, Sr. Jonas, a C.I.A. já se encarregou e deixou tudo pronto para a chegada dos senhores - dizia Katy despreocupada. - O hotel em que vão se hospedar não é muito longe, se quiserem, seguiremos agora mesmo pra lá.

-Então, se você puder levar o Paul até o hotel eu ficarei muito agradecido, Katy - falou sr. Jonas.

- Eu vou aproveitar já que estou aqui, alugar um carro para dar algumas voltinhas...pra reconhecimento do local, se é que você me entende...

-Sim, compreendo, sr. Jonas - sorria Katy. - Pode deixar comigo que o seu filho chegará são e salvo no hotel, está bem? O senhor não quer que eu alugue o carro?

- Não é preciso, muito obrigado - respondeu sr. Jonas. - Pode deixar que eu encontro a locadora, tchau! - despediu-se e foi embora, se desviando das malas que encontrava pelo caminho.

- Bem, ficamos só nós dois...- comentou Paul. - Você falou para o meu pai que ia me levar até o hotel, não é?! Então vamos lá?!

-Então vamos! - falou Katy com um ar pouco contente.

Seguiram para o estacionamento do aeroporto, Katy ainda estava um pouco impressionada com a beleza masculina que era Paulo Williams, não dava pra passar despercebido, era impossível.

Paul tinha herdado a altura e a cor dos olhos do pai, talvez um metro e oitenta e cinco e olhos esverdeados que contracenavam com a pele bronzeada que tinha; era uma montanha de músculos bem distribuídos e o seu cheiro de macho já estava alucinando-a.

Chegaram no estacionamento das motos, e Paul foi logo perguntando:

-Iremos de moto?!!!

-Sim, se você não gosta, poderemos pegar um táxi; depois eu venho buscar a moto - falava Katy descontente.

-E perder a chance de andar nessa moto?! Nunca! Iremos nela sim senhora - sorria Paul. - Mas, só que eu quero pilotar um pouco, se eu puder é claro....

-Eu acho que pode sim, não haverá problemas, é bom que estou com o ombro um pouco dolorido.-falava Katy, aliviada em saber que ele também gostava de motos. - A propósito eu, não sou senhora, e sim senhorita, está bem?

-Está bem, quero dizer...está ótimo...-falou o agente, com uma certa displicência.

Katy ofereceu seu lugar de piloto ao agente Williams, que aceitou com um sorriso maroto.

Paul ligava a moto, enquanto a agente Simom acomodava-se na garupa.

Os dois seguiram para o hotel, durante o caminho, dentro de Katy estavam nascendo certas sensações que há muito tinha se esquecido de como elas eram.

Seu sangue acelerou desde o momento em que conheceu o agente Paul. Agora que estava com seus braços apertando seu corpo, não sentia mais acelerar, sentía-o ferver! Era incrível o que aquele homem fazia a agente katy pensar.

Não passava nem dez minutos, quando estacionou a moto num guia, para conversar com Katy.

-Katy, agora eu acho que é a sua vez de pilotar a moto. Senão eu vou ficar rodando por essas avenidas e não chegar a lugar algum....-dizia Paul, olhando de um lado para o outro.

-É verdade, Paul - consentiu - Quase que você consegue acertar o caminho do seu hotel - comentou Katy - Mas, sobe aí, que eu vou levá-lo corretamente para o seu apartamento.

Quando o agente Williams colocou seus braços ao redor de Katy, foi invadido por um calor incontrolável. E com ela era pior, enquanto Paul abraçava-a, além de seu corpo queimar de desejo, Katy acelerava mais e mais a sua moto.

Mas, esse calor foi logo esfriado por um tiro que passou raspando o capacete de Paul, que rapidamente tentou comunicar à Katy que eles estavam sendo perseguidos:

-Acelera mais, Katy! - gritou Paul.

-Mas por quê?! - perguntou despreocupada.

-Estão nos seguindo! E já tentaram nos atingir - respondeu Paul - Vamos logo!!!!

-Está bem!! - acelerou Katy.

O carro dos atiradores estava a uns cem metros de distância da moto de Katy. As únicas coisas que obstruiam a visão dos assassinos eram alguns carros. Mesmo assim, um dos atiradores colocou-se para fora do Maverich através da janela e apontou uma metralhadora M16 em direção à moto de Katy. Sem marcar o alvo corretamente, o homem atirou, dando apenas uma rajada.

Infelizmente as balas acertaram dois carros e um furgão que estavam na frente dos atiradores.

Os carros bateram-se fazendo um grande estrago, que, de certo modo ajudaram na fuga dos agentes.

O atirador ficou desesperado, paredia com muito cego de ódio.



Katy havia terminado de estacionar a sua moto em frente ao hotel, quando perguntou para Paul se ele estava bem:

-Tudo bem com você? Tenho certeza que aqueles assassinos, tristes de pontaria, fazem parte dos traficantes que vamos inverstigar.

Paul, um pouco sem ar, tentou responder para Katy:

-Olhe aqui, garota, eu me sinto bem, mas, aqueles malucos são muito bons de pontaria, certo?! Vamos subir para o apartamento, antes que esses caras encontrem a gente novamente, vamos conversar sobre tudo isso...




Katy quis dar risada pela pressa que o agente tinha quando seu parceiro era mulher:

-Ora faça-me o favor! Acho que não é o momento mais oportuno pra eu subir até seu apartamento, e conversarmos sobre um assunto que podemos tratar no prédio onde vamos trabalhar, você não acha? - estava firme, decidida.

-Calma querida. Eu também acho que não é o momento - falou o agente num fiasco de voz. - É que eu fui baleado no braço e está sangrando, caso você não saiba.

Paul mostrou o braço para Katy, que ficou assombrada com o pequeno ferimento que havia no braço esquerdo dele.

-Por que você não me disse antes, Paul?! - perguntou Katy, levando-o com cuidado para dentro do hotel. - Recepcionista, dê-me as chaves do apartamento 44, por favor.

- Sim senhora - dizia o recepcionista um pouco indeciso, mas depois que viu a identificação da agente, ele não duvidou e entregou as chaves. - Aqui está, tenham uma boa estada, Sr e Sra Williams.

Paul, apesar da dor que sentia deu um sorriso, Katy não pôde deixar de ouvir a confusão que o recepcionista havia cometido, começando a conversar com o agente Williams enquanto subiam pelo elevador:

-Você só me arranja confusão, agente Paulo Williams.

-Sinto muito, agente Katy Simon, desculpa-me se estou lhe dando muito trabalho...- a dor era grande.

"Imagine, seu bobo; você não me causou nenhum trabalho, muito pelo contrário, você só me deu prazer até agora..." pensou Katy. Aconchegando-se mais no corpo de Paulo, enquanto carregava ele hotel adentro.




quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CAPÍTULO DOIS







Como seria possível, que um maluco daqueles carreguasse uma fotografia de seu pai e dela?!!


Katy se perguntava e sua mente fervilhava a caminho do hospital mais próximo.


Ela estava dentro do carro de seu pai, que dirigia feito louco, desviando-se habilmente pelas ruas de Miami.


Não querendo ser muito rude com a filha, o inspetor Lucas começou a falar calmamente:


- Como você pode matar o maníaco homicida que feriu mais de vinte pessoas e matou duas, minha filha? - perguntava o inspetor, Katy não sentia mais o ombro. - E o pior é que não encontramos nada nos bolsos do presunto.


-Inspetor Lucas - começou a falar Katy. - Para início de conversa, eu não matei aquele homem, ele, além de ser homicida é suicida, e para término de conversa aquele homem tem a mesma nacionalidade que a sua, era viciado e estava carregando consigo uma fotografia nossa! - Katy termina a frase explodindo de dor.


O inspetor Lucas freia o carro de uma vez, quase jogando a filha no pára-brisa.


-Do quê você estã falando, agente Simon?! - perguntava o inspetor Lucas. - Como você sabe que aquele homem era brasileiro e, como você descobriu que ele estava com uma foto nossa? Você pegou os objetos do presunto antes que a políca, Katy?!!


Quando Katy já ia responder ao interrogatório do pai, não aguentou e desmaiou, caindo encima dele, que ligou novamente o Chevrolet 69 restaurado e acelerou a caminho do hospital, há uma quadra dali.


Certos ruídos a havia acordado, só aí percebeu que estava num leito de hospital. No quarto, uma mesinha com copinhos d'água e algumas frutas que talvez seu pai teria colocado. Katy sentía-se muito sonolenta, devido ao calmante que tinha tomado e analgésicos. Sua jaqueta de couro estava encima da cadeira ao lado da cama, toda ensanguentada, talvez teria perdido bem mais sangue do que pensava.


Neste momento, seu pai e o agente Carl acabavam de entrar no quarto. Katy sorriu ao ver o ramalhete de flores nos braços de seu companheiro Carl, ele era muito atencioso com Katy, além de não ser do tipo de ser jogar fora....


O inspetor Lucas foi logo o primeiro a falar:


-Filha, você já está um pouco melhor, o Dr. Louis acabou de me comunicar. -Ele disse que a sua jaqueta de couro lhe salvou praticamente....Por isso, acho que podemos retomar aquela conversa interrompida no trânsito.


-Pai, me desculpe por ter pegado os objetos do homem que eu acertei, é porque eu precisava saber alguma coisa. O cara entrou atirando em tudo, fazendo o maior estrago...Mas eu vou investigar este caso até o fim, pai - respondia Katy um pouco sonolenta. - Eu já me sinto melhor, minto, estou ótima! E vou pegar esses caras que estão tentando nos matar...Tenho certeza que aquele presunto fazia parte da mesma gangue da loja de produtos sul-americanos - dizia Katy, muito segura de si.


-Katy, eu a persegui ontem o dia inteiro, e sei que você foi espionar a loja, desculpe mas eu cumpria as ordens do seu pai. - Carl abriu a boca pra falar. - E você está correndo perigo agente Simon, esses caras são muito barra pesada, eles fazem negócios com os japoneses que estamos inverstigando, é uma espécie de intercâmbio, compreende?


-Carl, não adianta me fazer medo, eu vi você me perseguindo, e sei que eles são perigosos, mas eles querem matar a mim e a meu pai, e isso não posso deixar quieto...


O inspetor Lucas interrompe Katy no meio da discussão com Carl:


-Katy, o caso já é seu, droga! - falava o inspetor. - Eu já telefonei pra Agência Central, e eles autorizaram a investigação, o que é muito raro...-Katy começava a sorrir. - Mas só que você não irá sozinha.


- Ai sabia que tinha alguma coisa....Como assim não irei sozinha? - perguntava Katy, decepcionada.


-Agente Simon, você ajudou a matar uma espécie de "terrorista", para os olhos da imprensa local, e agora todas as redes estão noticiando o fato, e pra completar: algumas redes do Brasil também. A Interpol brasileira mandou um de seus agentes pra cá, ele vai ajudá-la no caso.


-Mas como assim???Ele fala inglês, pelo menos? - a ironia de Katy era palpável.


-Lógico! - respondeu o inspetor. - Ele é um rapaz muito bom, um ótimo atirador e um perito em bombas.


-Como você sabe de tudo isso, inspetor Lucas? - a ironia de Katy não acabava....


-Ele foi meu aluno. - respondeu o inspetor, orgulhoso.


-Mas como ele poderia ser seu aluno, inspetor Lucas, sendo que o senhor está aqui em Miami? - agora Carl é que estava irônico, aborrecido com a surpresa.


-Isto é fácil agente Carl, antes de ser agente, aqui nos Estados Unidos, eu fui Tenente-Coronel do Exército Brasileiro, tenho muitos amigos por lá, e o Paulo é um deles.


-Paulo? - Katy e Carl perguntaram juntos.


- Sim, mas podem chamá-lo de Paul, Paul Williams, pra não dar muito na cara por aqui e facilitar o disfarce.


-É...pode ser... - respondeu Katy, mais curiosa do que tudo.- Quantos anos ele tem, pai?


-Ahhh, eu sabia que você iria me perguntar isso! - falou o inspetor, sorrindo. - Mas pode acabar com esse interesse momentâneo, ele tem cinquenta anos, não serve pra você que tem apenas vinte e cinco - terminou o inspetor, com uma certa jovialidade nos olhos.


Katy queria fulminar o próprio pai..."Como assim? Pensa que eu fico atrás de homem agora, o velho tá louco." - pensou.


-Que bom! - suspirou Carl. - Pelo menos não vou ter um "tipo" à minha altura pra disputar você, Katy - completou o agente com seus trinta anos bem vividos.


-Ah!! E você acham que eu sou um pedaço de carne exposto pra vocês escolherem??Por que você num some, hêim agente Carl?? Aproveita e vai também, papai...


-Rhum, rhum...ora essa, agente Carl, você já veio entregar as flores, portanto, é hora de ir trabalhar, você não acha? - perguntou o inspetor, com um ar muito zangado, ou fazendo o tipo...


- Sim senhor inspetor!!- Carl estava quase gritando. - Até logo, agente Simon.


- Até nunca...- disse o inspetor.


-Até logo Carl! - acenando e sorrindo, Katy achava graça do ciúme e desespero do pai.


- Papai, não...


- Um momento minha filha. Não quero, pelo menos na minha frente, que você seja assediada por esses agente maníacos por sexo. - agora o pai queria consertar a coisa toda...-Esta bem???!


- Mas papai! Não precisava ser tão rudo com ele...eu sei me cuidar - dizia Katy, já quase explodindo em risos.


-Vamos parar com brincadeiras, agente Simon - falou o inspetor seriamente. - Amanhã terá que receber o agente Williams no Aeroporto, espero que goste dele...pessoa muito comunicativa.


-Eu já me sinto bem melhor, avise para o Dr. Louis que o efeito da anestesia já acabou e eu consigo mexer meu braço. Já posso ir pra casa. A minha moto, trouxeram minha moto? - perguntou Katy, ansiosa.


- O Carl trouxe...-respondeu o inspetor, descontente. - Não sei como você consegue pilotar aquela porcaria..


-Boa noite papai!Pode ir que eu estou bem. Tchau!



Já estava anoitecendo, quando Katy recebeu alta e saiu do hospital. Infelizmente ela era esperada por um batalhão de repórteres querendo saber sobre o caso.




Ela voltou para trás e saiu pelos fundos do hospital, mesmo assim conseguiram fotografá-la. Katy arrumou-se em sua Harley Davidson 65 e partiu para o seu apartamento, perto de Miami Beach.



Ainda sentis o ombro, quando estacionou sua moto em frente ao prédio onde morava. Era um prédio muito elegante pela simplicidade, moderno, com fachada branca com detalhes espelhados em azul...plantas ornamentando a entrada.



Katy morava no quarto andar, seu apartamento era amplo e com móveis modernos. Quando entrou em sua sala, tomou cuidado e vistouriou todos os cômados, que eram quatro ao todo: uma sala, uma cozinha pra quem não tem tempo de cozinhar, um quarto e um banheiro, que era onde passava a maior parte de seu tempo...relaxando na hidro.


Depois de vistouriar todo o apartamento, Katy não se demorou em ir relaxar-se em sua banheira, enquanto seu lanche à base de pão, queijo e presunto esquentava no microondas.


Ficou quase um hora na banheira... adormecida, só foi acordada pelo barulho do telefone, na sala.


Vestiu o roupão apressada e foi direto para a sala atender o telefone. A agente Simon sentou-se no estofado negro, tirou o telefone do guancho e perguntou:


- Alô? Com quem deseja falar? - sempre falava isso...pra dar impressão de muita gente na casa.


- Filha, aqui é seu pai - falava o inspetor Lucas do outro lado da linha. - Eu esqueci de lhe dizer que o vôo do agente Williams chegará às oito e meia da manhã. Portanto, como logo e vá dormir, certo?


- Mas papai....Como você sabe que eu...


- Boa Noite, filha. Espero que goste do seu novo parceiro. - interrompe o inspetor.


- Boa Noite, papai.- despede-se Katy, desligando o telefone.


Sorrindo, seguiu para a cozinha, o lanche já havia esfriado no microondas, estava morrendo de sono, esqueceu-se do sanduíche, foi para a geladeira, pegou um suco de laranja, tomou....e foi se deitar.



CONTINUA...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

"GUERREIROS SEM FRONTEIRAS"



CAPÍTULO UM






Na sala de reuniões, a agente secreta Katy Simon discutia com seu chefe o inspetor Lucas, na presença de todos os companheiros de inverstigação:




- Por favor, agente Simon, não podemos invadir e ir prendendo a todos os indivíduos que trabalham na loja de produtos da América do Sul - dizia o inspetor Lucas para katy. - Nós precisamos de uma autorização da Agência Central!

- Mas inspetor! Não vamos invadir...sabemos muito bem que aquela loja é apenas uma fachada para o narcotráfico entra as Américas, e quem sabe até para o resto do munto...! Eu só quero investigar - dizia Katy impaciente.

- Agente Simon, eu sei, e aqui todos nós sabemos que alí existe uma espécie de esconderijo de traficantes. Mas é melhor esperar o telefonema da Agência Central autorizando uma investigação minuciosa do local.

Nesse momento o agente Carl levanta-se e começa a falar sobre outro investigação:

- Mudando de assunto, Inspetor, gostaria de saber se eu e o agente Peter teremos que ficar por tempo indeterminado no aeroporto vigiando a entrada dos japoneses, aqui em Miami?

- Sim, terão. - falou o inspetor Lucas friamente. - Mas eu acho que o tempo não importa, e sim, que vocês estão atrasados, não acham? - disse olhando para o relógio pendurado na parede da sala.

- Sim senhor! - respondeu Peter preocupado, retirando-se da sala junto de seu companheiro Carl. - Até logo!

Já que tinha terminado a conversa com o agente Carl, o inspetor Lucas encerrou a reunião, mandando todos os quinze agentes irem trabalhar, menos a agente Simon, que era a única mulher no grupo de agentes.

- Por que, Katy? Por quê você é tão rebelde comigo? Eu sei que não sou um bom pai, mas eu faço o possível pra atendê-la filha...- o inspetor falava nervosamente.

- Eu sei! - dizia Katy ao seu pai. - Tenha paciência comigo, não sei por qual motivo a C.I.A. me mandou pra trabalhar aqui, eu sabia que não íamos nos entender, mas é culpa minha, eu ando muito cansada depois daquela perseguição que fizemos semana passada.

- Filha, você é tão bonita, inteligente...Por que você não foi trabalhar por exemplo...como professora, ou até modelo, quem sabe? - dizia o pai já todo confuso.

- Não pai! - respondeu Katy. -Eu sempre quis ser agente, e agora que consegui não vou decepcionar nem a mim, nem a você. - terminou Katy, indo embora.

Realmente, Katy Simon Lins era muito bonita, tinha um ar, um fogo tropical que herdara do pai, Lucas Lins, e da mãe Lisa Simon tinha um toque independente e sensual. O pai era brasileiro e a mãe americana, tinha a cor azul dos olhos da mãe e a tonalidade escura dos cabelos do pai, um corpo pouco esbelto, com curvas bem marcantes, alta, perfeita.

Katy tinha se chocado muito com a morte da mãe a pouco tempo, por isso resolveu trabalhar; foi levada a fazer uma série de treinamentos para se tornar agente especial secreta, e tinha muito orgulho disso.

Muito cansada, Katy já se preparava para sair do prédio, quando um homem de aparência estranha invade o saguão metralhando tudo o que via pela frente. Katy já tinha sacado sua Colt e se escondido atrás do balcão da recepção, sentindo muita dor no ombro.

Mesmo assim, a agente katy Simon levantou-se e em fração de segundo, com uma agilidade incrível conseguiu atirar no braço e na perna do homem, que parou de atirar para colocar uma nova munição em sua metralhadora UZI. Não aguentando ficar em pé, o homem caiu se contorcendo de dor no carpete de tom azulado, ainda conseguindo apertar o guatilho e metralhando a telhado e o chão.

Katy havia sido atingida, mas estava aguentando a dor e começou a andar em direção do cara jogado no chão. Ela estava sangrando em pouco, mas quando viu o corpo do homem estirado, percebeu que ele havia se suicidado; ele mesmo se metralhou, logo após ter levado os tiros dela.

É lógico qeu, como uma investigadora , Katy começou a revistar o cadáver, antes da chegada dos outros agentes, queiram ou não queiram, aquele caso ia ser dela!

Nos pertences do presunto, ela encontrou uma carteira de identidade brasileira, um passaporte falso, dez gramas de cocaína e uma fotografia de seu pai segurando-a quando pequena.

Katy ficou completamente arrepiada ao ver a fotografia.