sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

CAPÍTULO SETE




Já havia terminado o expediente de Katy e Paul. Já estava tudo preparado para o dia, ou melhor, para a noite em que eles e mais dois agentes juntos com o inspetor Lucas iriam invadir a Loja de produtos Sul-Americanos.
Katy telefonara para o inspetor pedindo para que os agentes Carl e Peter ajudassem na busca dos traficantes que já estava marcada para sábado.
Paul acompanhou Katy até o estacionamento, ela queria ao menos poder descobrir o que Paul estava pensando. A partir do momento em que o Sr. Jonas contou que a mãe havia morrido de overdose, Paul não falara mais nada:
- Você está bem, Paul? – perguntou Katy, preocupada. – Você está tão sério – comentou, subindo em sua moto.
- Katy, o meu pai não sabe de nada. Mas eu sei que a droga que minha mãe usou na noite em que ela teve a overdose foi vendida por esses idiotas da quadrilha da Lady Pat.
- Mas...como você sabe disso, Paul?!! – perguntou Katy, surpresa.
- Eu costumava perseguir minha mãe, mas não era por causa das drogas, era porque ela tinha um caso com um canalha que se dizia amigo do meu pai – falou Paul, sério. – Houve uma noite em que eu a segui e percebi que ela estava com um comportamento muito estranho, ela estava dirigindo rápido demais...Nós morávamos na Barra da Tijuca e o amante dela em Copacabana, só que ela estava indo para o Morro da Rocinha, compreende Katy, para o Morro??!!! – perguntava Paul, super nervoso.
- Não compreendo Paul. Explica-me direito essa história, calmamente, está bem? – pediu Katy.
- É que na Rocinha, Katy, é um dos pontos onde a droga é vendida. Quando minha mãe chegou lá, um homem estava numa esquina vendendo cocaína e ela foi diretamente a ele e comprou um saquinho – explicava Paul. – Esse homem era o Sandro, Katy, o imbecil que nós prendemos aqui!!!
Katy não acreditava no que estava ouvindo. Era coincidência demais os dois homens serem a mesma pessoa. Confusa com o que Paul acabara de falar, Katy começou a fazer perguntas a Paul:
- Mas como isso é possível, Paul? Esse mundo é pequeno, mas nem tanto. – falou Katy, pensativa.
- O que acontece Katy, é que para os brasileiros o mundo é menor do que você imagina, só depende do caso.
- Eu sei Paul – concordou Katy. – Só o que eu lhe peço agora é que fique calmo até sábado, certo? – pediu Katy, preocupada. – Vai descansar um pouco que, à noite eu passarei em seu apartamento para pegarmos um cineminha, ok? – perguntou Katy, olhando fixamente para Paul.
- Tudo Bem, Katy. Eu não estou nervoso. Só estou cansado, mesmo. – falou Paul. – Hoje será a noite em que iremos nos divertir bastante, hêim Katy?! – perguntou, sorridente.
- Será Paul, será. – respondeu Katy, também sorrindo. – Bem, deixe-me ir embora, antes que anoitecemos aqui. Você não vai querer uma carona? – convidou Katy, indiretamente, com esperanças de que ele aceitasse, lógico!
- Dessa vez não, Katy – falou Paul, que percebeu uma pontada de tristeza momentânea dela. – Hoje eu vou em minha própria moto...rsrsrsrsrsr
Katy ficou surpresa com a novidade, a cada minuto que se passava ela ficava cada vez mais envolvida com Paul. Ele tinha os mesmos gostos que o dela, e os mesmos desgostos também:
- Não sabia que você havia alugado uma moto, Paul, onde ela está? – perguntou Katy, ligando a sua máquina.
- Está ali atrás, espere um instante que eu vou buscá-la... – respondeu Paul, parecendo um menino que vai mostrar o brinquedo novo...
Katy ficou esperando com o motor ligado, não se passaram três minutos e Paul chegava com sua Honda 750 Four K, totalmente negra. Katy ficou boquiaberta ao ver a moto:
- Ela é linda, Paul!!!! – falava Katy, entusiasmada. – Quando foi que você alugou essa belezinha, agente William?
- Eu não aluguei, Katy – respondeu Paul. – Pedi para que mandassem pra mim. Eu não imaginei que sentiria tantas saudades dela. E também não imaginava que minha mais nova parceira também pilotava motos...
- Ele é muito bonita, Paul. Agora, por quê não saímos daqui e vamos dar uma volta juntos, hêim?! – perguntou Katy.
- Claro!!!
Katy e Paul, em suas respectivas motocicletas, saíram do estacionamento rumo à lugar nenhum, ficaram passeando pelas ruas de Miami, até que se despediram com o som estridente de suas buzinas seguindo depois para seus apartamentos.
Quando Paul chegou ao seu hotel, não sabia o que fazer. Ele pegara todas as suas roupas que estavam dobradas no guarda-roupa e jogou-as na cama, fazendo uma bagunça tremenda!
Só depois de quinze minutos de escolha, é que Paul decidiu por um blazer preto, uma camisa de seda cinza e uma calça jeans escuro, quase preta. Tomou seu banho assoviando um samba da Estácio, perfumou-se por inteiro e ficou esperando Katy impacientemente...
Nesse mesmo momento, no apartamento de Katy, ela recolocava suas roupas nas gavetas. No seu quarto haviam roupas em todos os lugares, até embaixo da cama Katy encontrou lingeries que eram as suas preferidas...Depois de tanta bagunça e desordem, é que Katy, finalmente foi relaxar na banheira, onde ficou vinte minutos.
Quando Katy terminou seu banho, estava tão nervosa quanto antes. Trêmula e pensativa, ela vestiu uma calça de viscose azul marinho, uma mini-blusa de coton branca, etc, etc, etc....
Já eram sete horas e meia da noite quando Katy saía de seu apartamento e se dirigia para seu encontro com Paul, que estava nervosíssimo aguardando sua parceira chegar.
Katy chegou ao hotel, vinte minutos adiantada. Quando entrou no saguão do hotel, Paul estava tomando um suco de maracujá.
Quando Katy notou a presença dele, sentiu seu corpo esquentar novamente, ela não conseguia controlar e se sentia traída por isso:
- Oi, pensei que você estava em seu apartamento – falou Katy, encantada com o charme, com a vivacidade em que Paul se encontrava naquele momento.
- Oi, eu decidi esperar aqui...porque lá em cima está muito quente...vim refrescar um pouco – mentiu Paul.
- Bem, então...vamos!!? – disse Katy, impaciente.
- Você é quem manda! Hoje vou fazer só o que você decidir, o que você achar melhor pra nós dois – consentiu Paul, brincando com as palavras.
Depois de vários minutos de discussão, Paul e Katy saíram em apenas uma moto, a dele, é lógico... Só que Katy é quem iria pilotar, é Lógico!
Os dois assistiram a um filme somente, depois seguiram para uma lanchonete próxima ao cinema, no lugar mais movimentado de Miami.
No relógio de Katy marcavam onze horas e meia, foi aí que ela resolveu voltar para o hotel, só que num caminho diferente:
- Para onde vai esta estrada, Katy? – Paul estava curioso, olhava para todos os lados, tentando identificar alguma coisa. Segurando firme a cintura de Katy, devido à alta velocidade da sua moto.
- Estamos indo para Miami Beach, Paul. Espero que você goste de praias, pois iremos passear um pouco por lá, é que nesse horário há poucas pessoas, e é bem mais calmo – falou Katy, nervosa.
- O que você tem Katy? – perguntou Paul, sentindo que Katy estava tremendo um pouco.
- Não tenho nada, Paul, eu só estou um pouco nervosa porque ainda não dominei bem a sua moto, é que a minha é de época diferente, e mesmo a sua sendo antiga tem novidades que a minha não tem..rsrsrsr – mentiu Katy.
Não se passaram dez minutos e já dava pra ver as ondas violentamente fortes, onde só suas espumas esbranquiçadas é que se destacavam perante o céu escuro e totalmente estrelado de Miami Beach.
Katy estacionou a moto de Paul em frente a um quiosque, os dois desceram e, sem falar absolutamente nada Katy seguiu andando para o quiosque; Paul que não estava entendendo o que se passava com Katy, foi conversar com ela:
- Você está sentindo alguma coisa? – realmente Paul estava preocupado. Entrando no quiosque pra conversar com ela.
- Estou, mas não sei definir o que é realmente – respondeu Katy, observando o mar.
Agora Paul sentia que Katy também o desejava, mais de uma forma ainda distante, assim, ele fez com que ela decidisse o que queria naquele exato momento:
- Katy, eu não sei o que você quer, mas, peça o que quiser e eu trarei pra você – falou, olhando fixamente pra Katy.
- Paul, eu não quero que você me traga absolutamente nada, eu apenas quero que você me beije, por favor.....- suplicou Katy, enquanto encostava seu corpo delicadamente ao do Paul, fazendo com que ele, com seu jeito sedutor, baixasse sua cabeça para roçar lentamente seus lábios no pescoço dela.
- Ahhh, Katy, você me deixa cada vez mais apaixonado por você...- sussurrou Paul, beijando-a no lóbulo e indo em direção aos lábios dela. – Eu quero fazer amor com você, Katy. – falou Paul, sem pensar.
- Eu também Paul – sussurrou Katy.
Paul pensava em ser o homem mais feliz do mundo; com uma intensidade sem igual, ele beijou Katy com tanto afeto e prazer que, ela com suas mãos começou a desabotoar a camisa de Paul sem ter consciência de seus próprios atos, como uma menina de quinze anos, pronta pra se entregar.
Aos poucos, os dois iam se ajoelhando nas areias frias daquela praia, Paul já havia retirado seu blazer e jogado no chão, colocando posteriormente Katy deitada sobre o blazer e deitando-se ao seu lado.
A respiração de Katy era ofegante; sutilmente, Paul deslizou sua mão pelo pescoço de Katy até chegar a sua mini-blusa, com movimentos insinuantes, Paul acariciou os seios de Katy e ao mesmo tempo beijava-a fazendo com que ela gemesse de tanto prazer.
Ao mesmo tempo, Katy desabotoava cuidadosamente o resto dos botões que faltavam na camisa de Paul. Enquanto ela tirava a camisa dele, Paul se aconchegava suavemente sobre Katy.
Nesse instante, uma luz inesperada pairava sobre os dois amantes que, por motivos óbvios, assustaram-se com a claridade da lanterna:
- Quem é que vocês dois pensam que são, os deuses da mitologia que faziam sexo onde e com quem bem entendessem?!!! – perguntava o policial que fazia a ronda naquele local. – São exatamente vinte e quatro horas, eu acho que vocês resolveram vir à praia muito tarde, ou muito cedo....
- Pode deixar que eu explico, policial – falou Paul, nervoso com a repentina intromissão do homem fardado na sua frente, num momento tão especial de sua vida de macho apaixonado.
- Eu vou embora, Paul, sábado de manhã nós conversamos – falou Katy, nervosa com tudo aquilo. – Tchau!
- Ei!!! Garota!!! Onde você pensa que vai??? – perguntou o policial, dirigindo-se para Katy.
No momento em que o tira deu um salto em frente de Katy para que ela parasse, ela tirou sua insígnia de agente e mostrou ao “Tira”, que automaticamente parou:
- Tudo bem..Agente, eu não vou perguntar mais nada, ok? Assim fica todo mundo contente. Agora, da próxima vez...
- Não haverá próxima vez, policial!... – falou Katy, envergonhada com a cena toda.
- Do quê você está falando, Katy? – perguntou Paul, sobressaltado...vestindo suas roupas.
O policial que não queria ficar ali, para não ser submetido à uma grave falta perante os federais, foi indo embora para o seu carro, de mansinho e sem olhar pra trás.
- É isso mesmo que você ouviu Paul! – respondeu Katy, de costas e com os olhos banhados em lágrimas.
- Mas Katy! E os nossos beijos, nossas trocas, nossos...
- Paul, eu quero que você fique preparado pra a “batida” de sábado, está bem? Amanhã eu não irei trabalhar, o agente Carl irá conversar com você sobre os equipamentos que iremos usar, até sábado. – despediu-se Katy, dando-lhe um delicado beijo nos lábios e, em seguida, atravessou a avenida e entrou no prédio onde morava.
Paul ficou observando o trajeto de Katy até sumir no saguão do edifício, que ficou ali pensando, se perguntando...Por quê Katy o trouxe logo para perto de seu apartamento????
Nervoso, Paul seguiu em direção à sua moto onde estava também, o carro do policial que estava esperando-o:
- Desculpe-me, senhor...- falou o policial.
- William, agente Paul William. O que você deseja policial? – perguntou Paul, impaciente e confuso.
- Eu sinto muito em ter atrapalhado seu romance, agente Paul William, como o senhor já sabe é o meu serviço e, à essas horas da noite aqui nessa praia tudo é possível.
- Tudo bem policial. Não se preocupe, isso não irá mais acontecer. – falou Paul, montando em sua moto. – Pode retornar à sua ronda, eu já estou indo embora.
- Sim obrigado e, pilote com cuidado – falou o policial, apertando a mão de Paul e se dirigindo para a viatura.
Depois que a viatura policial também sumiu de vista, Paul, irritado com tudo o que tinha acontecido deu um soco no guidão de sua própria moto:
- Ai!!!! Porcaria, até você está contra mim??? – falou Paul, saindo daquele lugar e pegando a auto-estrada.

10 comentários:

DEUSA PAGÃ disse...

Magnific!

HIP HOP MULHER disse...

TÁ FICANDO QUENTE!!!!

Anônimo disse...

Ahh,.. logo agora que eu pensei que os dois iam ficar juntos. Nao eh justo!! O que esta cabecinha maquiavelica esta nos preparando hein?!
Ancioso por seus proximos capitulos!
Abrcs
Trujillo

Júnior de Paiva / Dish disse...

Bem pulp fiction mesmo moça!
Gostei muito!
Já leu muitos livros pulp fiction?
Eu adoro!
Posso acompanhar teu blog?
beijos!

Nike disse...

Nossa!!! Que raiva desse policia, eu no lugar de Paul teria atirado nele hehehhe... Não me mate de curiosidade menina !!!

Beijos no coração!!! Muitas paz pra vc!!!!

Cynthia disse...

Carambaaa... isso está me deixa curiosaaa! :P

Beijo!

ROSEANE RIBEIRO ARÉVALO disse...

olhaaaaaaa

Ana Gabi disse...

Passei só para dar um feliz natal pra vc!

;)

HIP HOP MULHER disse...

quero mais!!!

ROSEANE RIBEIRO ARÉVALO disse...

Adoro seu blog! parabéns menina.